segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AB(R)ECEDÁRIOS

Promoção da Leitura para os mais pequenos: acção de formação sob a orientação de Dora Batalim.

Num tempo em que a expressão “promoção de leitura” se tornou palavra de ordem, é preciso mais que nunca pensá-la. Como em tudo na vida que é processo – nas árvores, nas casas – contam as fundações, as raízes fortes. Por isso, esta acção de formação destina-se a pensar a leitura e a sua promoção nas faixas etárias mais precoces e a fornecer algumas propostas concretas de acção no seio familiar.

A participação na iniciativa é gratuita mediante inscrição prévia.

Para mais informações, clique aqui.
Para aceder à ficha de inscrição é aqui.

Peter Newell e O Livro do Buraco, da Librimpress

Um paixoneta ostensiva é o que sentimos por Peter Newell, escritor e ilustrador dos finais do século XIX. Sim, século XIX: porque há amores que duram para sempre.

Tínhamos conhecimento da pródiga imaginação de Newell, da ilustração espirituosa e da sua irreverência na arte do design do livro infantil; um inovador em plena época vitoriana.
Peter Sheaf Hersey Newell, no decurso da sua carreira, viu o seu trabalho reproduzido nas mais diversas publicações, como na Harper's Weekly, na - ainda existente - Harper's Bazaar, Scribner's Magazine e na The Saturday Evening Post. Ilustrou também obras de autores como Mark Twain e Lewis Carroll, e foi também responsável pela banda desenhada The Naps of Polly Sleepyhead.

Em Portugal, tínhamos O Livro Inclinado (que é realmente inclinado): livro de poesia em movimento, com uma velocidade humorística inalcançável com que a Orpheu Mini se estreou e nos agraciou em 2008.

Em Portugal, temos agora O Livro do Buraco (que é realmente esburacado). A curiosidade para saber o que de mal aconteceu aos outros, que nos é inata, é aguçada a cada página que viramos, principalmente porque o mal parte do cano da pistola que o pequeno Tomás Pott disparou Pum! inadvertidamente: soa a livro policial? Mas não o é.

Agora só nos resta espreitar, de buraquinho em buraquinho, as consequências desastrosas deste disparo inconsequente e felicitar o editor por incluir na edição portuguesa de O Livro do Buraco as páginas 36 e 37 – suprimidas em algumas edições americanas.

Para acalmar a curiosidade e conhecer a edição em inglês da Harper & Brothers, clique aqui.

Fernando Carvalho

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Oficina amanhã: Pequenos Inventores, em Almada

PEQUENOS INVENTORES
Oficina para crianças 4 – 8 anos

Gostas de inventar jogos, construir brinquedos e descobrir como funcionam as coisas à tua volta? Então convidamos-te a vir conhecer o Noma, um pequeno inventor que decide construir, com a ajuda de cola, tesoura e uma régua, o seu próprio brinquedo: um comboio.

À tua espera estará uma história nova e tudo o que precisas para construir com as tuas próprias mãos…um avião! Traz contigo os pais, os avós, os irmãos, os primos e, claro, boa disposição e espírito criativo!

São 50 minutos de engenharia inovadora, orientados pela Susana Alves.

PARTICIPAÇÃO LIVRE: aparece e constrói, divertindo-te!

LIVRARIA DO TEATRO 29 JANEIRO SÁBADO 16H00
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA
Avenida Professor Egas Moniz ALMADA

Estórias do Dia e da Noite em Santiago do Cacém

Dois Parceiros de Aventuras – amigos mas sempre em disputa – andam de terra em terra na sua Carroça Mágica, apresentando ao público que os quiser ouvir e ver as suas versões de Estórias de Amor, Fadas e Aventuras.

De Dia – discutem! De Noite – realizam a Magia do Teatro de Sombras!

Nas suas Estórias encontramos Príncipes e Princesas, Bruxas e Dragões, Mochos e Raposas, Lobos e Reis – enfim, tudo aquilo que existe ou que, se não existe, era bom que existisse para nossa alegria e diversão!

Cada Estória – e são quatro os Contos Populares adaptados – é antecedida pelos apetitosos diálogos críticos do Cirro e do Nimbo, os dois comparsas permanentes destas peripécias, e recorre às Sombras e aos Efeitos Especiais, Visuais e Sonoros, desta Equipa de Teatro Mágico!

E além disso... - mais não podemos dizer – o resto é para ouvir e para ver!

Para mais informações, clique aqui.

Para saber mais sobre as muitas actividades das Bibliotecas do Município de Santiago do Cacém, clique aqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Livros Proibidos II: Periquinho e Periquinha

Mascarado de A Verdadeira História do Doutor Grilo eis que regressa às estantes Periquinho e Periquinha, em mais um livro que combina duas histórias tradicionais portuguesas, pela Caminho.

Talvez uma das histórias da tradição portuguesa, contadas por Alice Vieira, que mais arrepios e pesadelos causou às gerações que a leram e ouviram aquando da sua publicação e nos anos consequentes. Tanto foi o arrepio que o livro desapareceu das livrarias e, mesmo em bibliotecas é uma demanda conseguir encontrá-lo. Os restantes livros da colecção foram reeditados mas este não.
Estávamos no ano de 1992, era então primeiro-ministro Cavaco Silva e Portugal assinava em Maastricht o Tratado da União Europeia. No mês de Maio, mais um livro da colecção Histórias Tradicionais Portuguesas era lançado no mercado pela Caminho. Escrito por Alice Vieira e ilustrado por Carlos Marques, Periquinho e Periquinha conta a história de dois irmãos com um pai ausente e uma madrasta das mais horríveis de sempre: a madrasta da Branca de Neve ou a da Gata Borralheira eram amadoras nas artes de magicar a maldade ao pé de tal vil senhora.

A ilustração é deliciosamente exagerada, desde o guarda-roupa cromaticamente ousado da madrasta, passando pela panelinha com olhos a flutuar na sopa, atingindo o seu auge na maquilhagem da madrasta. De facto, numa só personagem, o ilustrador conseguiu uma proeza: combinou tudo quanto pôde para a tornar verdadeiramente execrável.

Ela está de volta. Condensamos no ela o trabalho de Alice Vieira e a madrasta cujas receitas culinárias nos vão (des)encantar. Desta feita, a ilustração ficou a cargo de José Miguel Ribeiro. Mas corram, esperem à porta das livrarias, façam encomendas, é que se esgota podemos voltar a ficar quase 20 anos sem poder enterrar os dentes em tão deliciosa história. Obrigado Caminho e Alice Vieira.

Para levantar uma "nesguinha" a tampa da panelinha, clique aqui.
Recomendado pela Casa da Leitura para Leitores iniciais e Pré-leitores, aqui e aqui.

Fernando Carvalho

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Evelina Oliveira na Galeria São Mamede, em Lisboa

"Fica aqui o convite: Deixo as janelas abertas para entrarem e saírem na medida em que vos aprouver...e apanharem boleia das palavras que voam sobre as nuvens dos sentidos."

A Galeria São Mamede em Lisboa - Rua da Escola Politécnica, 167 - irá inaugurar uma exposição de pintura e desenho de Evelina Oliveira na próxima quinta- feira, dia 27 de Janeiro, pelas 19 horas. Com o título “Palavras que voam sobre as nuvens dos sentidos”, a exposição que reúne cerca de 30 trabalhos estará patente até 22 de Fevereiro.

Evelina Oliveira nasceu em 1961. Estudou desenho na Escola Superior Artística do Porto que complementou com um curso de litografia da Cooperativa Árvore, outro de Tecnologia de Pintura com o Professor Abel Mendes, História de Arte Contemporânea do Museu Soares dos Reis e o curso de Cerâmica com o Professor João Carcajeiro, também na Cooperativa a Árvore. Ilustrou algumas emblemáticas de Alice Vieira, João Pedro Messéder, Manuel António Pina e José Jorge Letria, para a Caminho e Campo das Letras.

Conheça outros detalhes sobre a exposição, clique aqui.
Para saber mais sobre o trabalho de Evelina Oliveira, clique aqui.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Doação de espólio: Sophia de Mello Breyner Andresen - Uma Vida de Poeta

Transferido de uma sala do Centro Nacional de Cultura e duma casa na Travessa das Mónicas (Lisboa), o espólio de Sophia de Mello Breyner Andresen passará a figurar na Biblioteca Nacional de Portugal, numa exposição que será inaugurada no próximo dia 26 de Janeiro, pelas 16 horas.

Programado para este dia está também o lançamento do livro Sophia de Mello Breyner Andresen – Uma Vida de Poeta, da Caminho e a apresentação do sítio da internet Sophia de Mello Breyner Andresen – Uma Vida de Poeta (Biblioteca Nacional Digital).

“O espólio de Sophia traz, naturalmente, as marcas da vida, com todos os seus acidentes biográficos. São cadernos e folhas soltas com rascunhos e diferentes versões de vários tipos de textos, esboços de projectos, traduções; são cartas, agendas cheias de notas sobre afazeres do dia-a-dia (números de telefone, receitas de cozinha, contas domésticas), diários de viagem, desenhos, recortes de jornais com depoimentos e entrevistas, fotografias; são impressos que documentam gestos de solidariedade e envolvimento cívico e político.”

Terão aqui mais informações sobre a inauguração desta exposição. E aqui poderão aceder ao programa deste evento.

Nos dias 27 e 28 de Janeiro terá lugar nas instalações da Fundação Gulbenkian o Colóquio Internacional Sophia de Mello Breyner Andresen, promovido por Maria Andresen de Sousa Tavares e realizado com a colaboração do Centro Nacional de Cultura.
A confluência nestes três dias da cerimónia de entrega do Espólio, da abertura da Exposição e da realização do Colóquio visa sublinhar a importância da obra da Autora, ao mesmo tempo que se proporciona a investigadores portugueses e estrangeiros o acesso a documentos (autógrafos e outros) que possibilitarão novas perspectivas de estudo.

Para levar a cabo estes projectos foi determinante a cooperação do Centro Nacional de Cultura através do empenho do seu presidente, Guilherme d'Oliveira Martins, assim como de Teresa Tamen e Conceição Reis Gomes.
As iniciativas referidas assinalam a conclusão da primeira fase de trabalho sobre este Espólio, que consistiu na inventariação - organização, classificação e identificação - dos documentos. Estas tarefas foram realizadas entre Setembro de 2008 e Setembro de 2010, por Manuela Vasconcelos (técnica da BNP) e por Maria Andresen de Sousa Tavares, com a participação temporária de Luísa Sarsfield Cabral. O trabalho decorreu nas instalações do Centro Nacional de Cultura, que disponibilizou para esse efeito todo o apoio logístico necessário. A equipa contou com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Banco Português de Investimento.

Clique aqui para todas as informações sobre Colóquio Internacional Sophia de Mello Breyner Andresen.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Leituras à Solta em Cerromaior

No âmbito das actividades de Animação e Promoção da Leitura do Serviço de Bibliotecas da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, decorre o projecto denominado “Leituras à Solta em Cerromaior”.

As “Leituras à Solta em Cerromaior” têm como objectivo a promoção da leitura partilhada, a divulgação da boa literatura (infanto-juvenil e não só), o contacto intergeracional. Pretende-se criar o hábito da escuta atenta de uma boa história (ainda que só uma vez por semana), como antigamente se fazia, à lareira ou no largo, de que fala Manuel da Fonseca.

Tal como afirma Daniel Pennac em Como um Romance:

“O desaparecimento da leitura em voz alta é muito estranho. (...) Já não há o direito de colocar as palavras na boca antes de as meter na cabeça? Já não há ouvidos? Já não há música? Já não há saliva? As palavras já não sabem a nada? O que é que se passa? (...) Venham soprar nos nossos livros! As palavras precisam de corpo! Os nossos livros precisam de ter vida!”

Certamente contribuiremos para o aperfeiçoamento da leitura em voz alta (ao nível da dicção, entoação e clareza), bem como para a reflexão sobre o processo de selecção dos textos (o que consideramos, ou não, um bom livro).

Este projecto será aberto também à participação dos elementos do Clube de Leitura, bem como aos leitores das nossas Bibliotecas e aos munícipes em geral. Contamos ainda alargá-lo aos Centros de Dia, trabalhando assim a literatura oral, através das histórias tradicionais, rimas, etc, partilhadas pelos idosos.

Já em anos anteriores houve a participação de alunos e de docentes que seleccionaram textos para lerem em voz alta no programa de rádio da Câmara Municipal, “De Porta Aberta”, transmitido pela Rádio Miróbriga, às segundas-feiras entre as 13h00 e as 14h00. O projecto parte destas iniciativas pontuais e do desejo manifestado por alguns docentes, em participar na continuação das mesmas. O objectivo é a realização de um verdadeiro projecto de promoção da leitura, continuado e significativo, que parta das escolas, Bibliotecas Escolares e Bibliotecas Municipais e se alargue à comunidade em geral.

Para tal basta escolher o seu texto preferido e preencher a ficha de inscrição no projecto, nas Bibliotecas Municipais. Será depois contactado para a gravação da leitura em voz alta.

E aqui fica a ficha de inscrição.

Para ouvir a emissão em directo da Rádio Miróbriga, clique aqui.

Comemorações do Centenário de Alves Redol

A Câmara Municipal e o Museu do Neo-Realismo vão comemorar, ao longo de todo o ano, o Centenário de Alves Redol (1911 – 2011), através de um vasto programa de iniciativas, que estará disponível a partir do próximo dia 28 de Janeiro.

Para a sua concretização, foi constituída uma Comissão Organizadora, composta pelas seguintes entidades: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Museu do Neo-Realismo, Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, Cooperativa Alves Redol, Agrupamento de Escolas Alves Redol, Ateneu Artístico Vilafranquense e União Desportiva Vilafranquense – Secção Cultural. Esteja atento ao programa das comemorações! Está desde já convidado a participar nas actividades culturais que estamos a preparar para si!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Indie Júnior’11 - Festival IndieLisboa

Antevisão do festival Indiejúnior.

Quinta-feira, 27 de Janeiro, às 18h30, sob marcação prévia (sessão exclusiva para os professores e para os educadores).

Antevisão de algumas das surpresas do IndieJúnior’11 que irá decorrer entre 5 e 15 de Maio de 2011.
Professores e programadores são convidados a conviver, neste dia, em torno de algumas das novidades deste festival internacional de cinema.


Mais informações sobre o festival: escolas@indiejunior.com ou através do telefone 213 158 399.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Homenagem a Matilde Rosa Araújo no Porto

A unidade curricular de Prática Instrumental e Vocal II (Música de conjunto), sob a direcção de Graça Mota, a unidade curricular de Literatura para a Infância e Promoção da Leitura, leccionada por José António Gomes, Ana Cristina Macedo e Ana Isabel Pinto, o NELA (Núcleo de Estudos Literários e Artísticos da ESE do Porto), os alunos de Educação Musical (2.º ano) e alunos de Educação Básica (3.º ano) promovem, no próximo dia 25 de Janeiro, uma homenagem à escritora Matilde Rosa Araújo (falecida em 2010), figura inesquecível da nossa literatura para crianças.

A iniciativa consta de um colóquio (com início marcado para as 16 horas) – em que participam José António Gomes, Ana Margarida Ramos, Sara Reis da Silva, Maria Elisa Sousa, Jorge Alexandre Costa e Ana Cristina Macedo – seguido de uma audição integral de As Cançõezinhas da Tila, de Fernando Lopes-Graça e Matilde Rosa Araújo (às 18 horas), entremeada de leituras e comentário de textos.

Muito gostaríamos de contar com a vossa presença nesta iniciativa de entrada livre.

Pel’o NELA

O programa desta homenagem à escritora Matilde Rosa Araújo está aqui.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Exposição de Ilustração: Montijo


Pais aprendem a contar em Penedono

A convite da Biblioteca Municipal de Penedono, o Grupo O Contador de Histórias realiza mais duas sessões da “Oficina de sobrevivência para pais contadores de Histórias”, nos dias 28 e 29 de Janeiro. Estas acções decorrem no seguimento de outra sessão realizada em 2010 neste concelho do distrito de Viseu.

Esta oficina conta já com cerca de duas centenas e meia de sessões, realizadas um pouco por todo o país. Destina-se essencialmente aos pais e educadores que se vêem confrontados com a necessidade de contar histórias aos mais pequenos e querem aperfeiçoar essa tarefa. Durante três horas descobrem-se livros novos e novas leituras para obras conhecidas, experimentam-se técnicas de dicção e expressividade mas sobretudo descobre-se (ou reencontra-se) o prazer de ler. Numa época marcada pela contenção orçamental das famílias, os participantes são confrontados com a possibilidade de criarem actividades divertidas e cativantes com os seus filhos, a partir dos livros, como contraponto aos dispendiosos brinquedos electrónicos.

Concebida e dinamizada por Filipe Lopes , a “Oficina de sobrevivência para pais contadores de Histórias” é dinâmica e participativa, longe da ideia de uma acção de formação tradicional. Tal como ao contar uma história a uma criança, a sessão decorre com dinâmica, algumas surpresas e mistérios guardados para o fim.

Esta actividade tem entrada livre mas sujeita a inscrição prévia na Biblioteca.

Para mais informações, clique aqui.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Livros Proibidos I: Dillweed's Revenge

Eles existem e povoam as prateleiras e estantes das nossas bibliotecas e livrarias. Não são muitos, nem muito queridos porque quando o “Era uma vez…” não é um “Era uma vez…” dos bons não serve a sua função e deve ser afastado dos leitores. Ninguém fala neles e caem no esquecimento. As lições têm de ser claras e rosadas para que o quotidiano seja claro e rosado, tal como a vida o é.

Ou não?

Quis o destino que no meu aniversário fosse lançado, pela Harcourt, a mais recente obra de Florence Parry Heide: Dillweed’s Revenge: A Deadly Dose of Magic. Chamá-la de “a mais recente obra” é uma contradição porque, na verdade, este livro já está escrito há cerca de 40 anos. Esperou na gaveta, passou de editor em editor; enfim perdeu-se no tempo, tudo porque à data da sua concepção houve um conflito de prazos em relação à conclusão da ilustração que estaria então a cargo de Edward Gorey – ilustrador de obras emblemáticas desta escritora norte-americana.

Tendo a certa garantia de que Gorey faria um brilhante trabalho de ilustração, Carson Ellis recebeu este proposta e, em colaboração estreita com Florence Parry Heide, entregou uma obra de arte que já foi merecedora da medalha de prata da The Original Art: Society of Illustrators.

A intrincada ilustração foi toda ela pintada a guache, um desafio para a Carson Ellis; desafio este levado ao pormenor, desde os mais pequenos detalhes das composições gráficas das páginas, à própria caligrafia do texto e até da numeração do código de barras da capa.
Num tom irónico e poético o narrador apresenta um menino solitário – Dillweed – filho único, transparente ao olhar dos pais, que não vai aceitar essa situação para sempre, a sua vingança é consumadamente soturna. O texto é contido mas divertido e sempre numa nota satírica que, astutamente, prepara os leitores para o desfecho macabro que Dillweed conjura. A mistura do humor sardónico com o horrendo vai ofender alguns, mas para os fãs de Roald Dahl, Edward Gorey ou Hilaire Belloc, este livro será uma preciosidade.

Para saber mais sobre a ilustradora Carson Ellis, clique aqui.
E clique aqui para conhecer a Society of Illustrators.
Poderão encontrar a Harcourt na nossa lista de editoras.

Fernando Carvalho

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Conto como Mediador do Desenvolvimento Emocional

É já de dia 12 de Março a 23 de Julho que terá lugar no ISPA a formação:

O CONTO COMO MEDIADOR DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

A acção terá um numero limite de 20 formandos.

Para mais informações aceda à página oficial do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, aqui.
Para conhecer o programa, clique aqui.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Do ledor ao leitor - Formação com Cristina Taquelim

É já dia 28 deste mês que a Biblioteca Municipal do Entroncamento apresenta mais uma acção de formação para professores, educadores, técnicos de bibliotecas, animadores, mediadores de leitura, estudantes.

A formação "Do ledor ao leitor - percursos na formação de leitores" será dada por Cristina Taquelim e as inscrições, que são gratuitas, estarão abertas até ao dia 25 de Janeiro.

Pensar o perfil de leitor para o qual queremos contribuir, pensar sobre a leitura que queremos promover, conhecer as competências que são necessárias mobilizar e as qualidades estético-literárias do objecto de leitura são reflexões importantes para o trabalho do mediador de leitura.

São múltiplos os elementos que se jogam na relação entre o mediador e os seus “públicos”: a qualidade e tempo da escuta, a diversidade dos textos – objectos de leitura – que podemos mobilizar no diálogo com o leitor, as competências do leitor e a complexidade do acesso aos códigos, o tipo de relação com o leitor ou auditório.

Por isso é fundamental perceber no complexo processo de formação do leitor como podemos cruzar diferentes estratégias para chegar à autonomia leitora - objectivo central da actividade do mediador - e à construção do sentido – actividade central na vida de cada sujeito.

Para mais informações e inscrição clique aqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Muito mais do que um simples livro para colorir, da Orpheu Mini

Muito mais do que um simples livro para colorir.

O livro perfeito para começarmos um novo ano cheios de optimismo. Os Dias Felizes de 2011 vão encher as nossas vidas de momentos inesquecíveis!

A Orpheu Mini já nos habituou a livros singulares que têm o condão de fazerem as nossas delícias aqui n’ O Livro Infantil: Dias Felizes – um imaginário para colorir veio e deslumbrou-nos.

As cerejas com sabor adocicado e um melro (ladrão), a erva alta que cheira bem e, com o garfo, desenhar estradas no puré, são momentos e pormenores que nos fazem viajar pelos caminhos da memória e da saudade. Página a página - nas Primaveras e Verões, num Outono ou num Inverno - a nossa imaginação é despertada e pelas ilustrações de Laurent Moreau. Um imaginário que alimenta a cor e que, por outro lado, se alimentará da cor; da cor dos lápis, das aguarelas ou dos marcadores dos seus leitores.

Duma bela simplicidade textual e com um traço de ilustração que vive do pormenor, esta é uma novidade grande e maravilhosa, como os dias felizes devem ser.
Laurent Moreau licenciou-se em 2007 na Ecole des Arts Décoratifs, em Estrasburg (onde vive e trabalha). Tem-se dedicado em particular à ilustração do livro infantil, tendo também colaborado com inúmeros jornais e organizações culturais; os seus trabalhos estão publicados pelas edições de Rouerge, Hélium e Actes Sud Junior.

Em Portugal, podemos encontrar as suas ilustrações no livro de Jean Paul Mongin, O Louco Dia Do Professor Kant.

Dias Felizes: E que bom que é a roupa lavada que cheira a fresco e a sabão.

Para saber mais sobre o livro Dias Felizes, clique aqui.
Para conhecer melhor o trabalho de Laurent Moreau, clique aqui e aqui.

Fernando Carvalho